sexta-feira, março 31, 2006
Sentir..
A minha pele sussura teu nome, a minha memória desenha teus contornos, meus ouvidos ouvem teu riso e o murmúrio da tua pele na minha, sinto o calor da tua respiração adormecida na minha nuca..tantas as vezes que assim te tenho aqui...
quarta-feira, março 29, 2006
Velhos...ou experientes?
Vinha a ouvir a TSF no carro de regresso a casa depois das aulas com os meus enfants tèrribles.
E ouvi esta frase que me deixou pensativa, a meio de um anúncio de reportagem sobre o despedimento de umas centenas de trabalhadores. Disse um deles: "Tenho 40 anos. No meu país chamam-me velho. Fui procurar emprego noutro país, chamaram-me trabalhador experiente." E isto com uma mágoa tensa na voz, que não deixa indiferente ouvir esta frase tão crua sobre a nossa realidade..
Fez-me pensar em mim, embora esteja bem longe daquela realidade. Não estou desempregada, não sou velha..pensei inicialmente...mas depois, de repente, achei-me velha sim. Tenho 26, ainda tenho muito que aprender, e rápido, quanto antes, porque o prazo de validade da vida activa é cada vez mais curto, antes de sermos descartados por outros. Por isso, sinto um certo desconforto qdo digo que quero mudar de situação profissional. Há quem me diga, ainda és nova...mas isso é tão relativo, pelos vistos.... por isso, sinto aperto no estomâgo pela impreparação que sinto e pelo próximo passo profissional que devo estar quase a dar. Mas não há outro caminho. No entanto sinto que, com a redução da valorização das pessoas conforme aumenta a idade, esperam de mim mais do que o q eu tenho (ou penso que tenho) para dar. Algo do género: já trabalhas há x anos, tens y anos..já devias saber e ser mais. Sei que exagero..mas fiquei impressionada com a frase que ouvi.
Por isso a pressão que sentimos para sermos alguém novos, a exigência de sucesso contínuo que fazemos a nós mesmos e aos outros, a dificuldade em não nos perdoarmos por não atingirmos o nível de vida que consideramos ideal no curto-prazo. De querermos usufruir uma vida independente, mas com o nível de vida que temos em casa dos pais, um nível de vida que muitos deles levaram décadas a construir em conjunto, a acumular meios...e às vezes esquecemo-nos as dificuldades que tiveram no seu início de vida e que não queremos (ou já não sabemos) experimentar em 1ª mão. Será que o nosso nível de expectativa está demasiado elevado? Ou será que os meios de alcançar os nosso desejos é que são cada vez mais complexos, nem q seja só nas nossa cabecinhas?! Ou talvez passe por a nossa capacidade de resistência às falhas ser muito frágil e abrir caminho rápido à frustração. não sei... só sei que às vezes, as respostas não são simples, nem tudo tão linear... vou vivendo e aprendendo. Espero saber orientar-me no campo de dúvidas em que volta e meia caminho.
E ouvi esta frase que me deixou pensativa, a meio de um anúncio de reportagem sobre o despedimento de umas centenas de trabalhadores. Disse um deles: "Tenho 40 anos. No meu país chamam-me velho. Fui procurar emprego noutro país, chamaram-me trabalhador experiente." E isto com uma mágoa tensa na voz, que não deixa indiferente ouvir esta frase tão crua sobre a nossa realidade..
Fez-me pensar em mim, embora esteja bem longe daquela realidade. Não estou desempregada, não sou velha..pensei inicialmente...mas depois, de repente, achei-me velha sim. Tenho 26, ainda tenho muito que aprender, e rápido, quanto antes, porque o prazo de validade da vida activa é cada vez mais curto, antes de sermos descartados por outros. Por isso, sinto um certo desconforto qdo digo que quero mudar de situação profissional. Há quem me diga, ainda és nova...mas isso é tão relativo, pelos vistos.... por isso, sinto aperto no estomâgo pela impreparação que sinto e pelo próximo passo profissional que devo estar quase a dar. Mas não há outro caminho. No entanto sinto que, com a redução da valorização das pessoas conforme aumenta a idade, esperam de mim mais do que o q eu tenho (ou penso que tenho) para dar. Algo do género: já trabalhas há x anos, tens y anos..já devias saber e ser mais. Sei que exagero..mas fiquei impressionada com a frase que ouvi.
Por isso a pressão que sentimos para sermos alguém novos, a exigência de sucesso contínuo que fazemos a nós mesmos e aos outros, a dificuldade em não nos perdoarmos por não atingirmos o nível de vida que consideramos ideal no curto-prazo. De querermos usufruir uma vida independente, mas com o nível de vida que temos em casa dos pais, um nível de vida que muitos deles levaram décadas a construir em conjunto, a acumular meios...e às vezes esquecemo-nos as dificuldades que tiveram no seu início de vida e que não queremos (ou já não sabemos) experimentar em 1ª mão. Será que o nosso nível de expectativa está demasiado elevado? Ou será que os meios de alcançar os nosso desejos é que são cada vez mais complexos, nem q seja só nas nossa cabecinhas?! Ou talvez passe por a nossa capacidade de resistência às falhas ser muito frágil e abrir caminho rápido à frustração. não sei... só sei que às vezes, as respostas não são simples, nem tudo tão linear... vou vivendo e aprendendo. Espero saber orientar-me no campo de dúvidas em que volta e meia caminho.
segunda-feira, março 27, 2006
Merece visita... Vai no Batalha!
Ao fazer a minha habitual ronda pelos blogs que estão presentes nos meus links, abri o Cidade Surpreendente, e deparei-me com este post, que aconselho a que visitem. O Cinema Batalha renovado! Numa cidade, infelizmente cada vez mais decrépita no seu miolo, sinto que ainda há esperança quando vejo estas ressurreições urbanas. espero que seja para durar.
sexta-feira, março 24, 2006
quarta-feira, março 22, 2006
terça-feira, março 21, 2006
segunda-feira, março 20, 2006
Update, com vontade de Upgrade..
Nem sei como classificar estes últimos dias...se extremamente longos, se extremamente curtos..
Quarta-feira, aulas como sempre, Quinta-feira, visita de estudo a Coimbra, Sexta-feira, aulas de manhã e de tarde, cordas vocais a doer. Na 5ª, a sensação de ir a sul doeu-me de saudade.. Mas a chegada de uma grande amiga para uns escassos dias entre nós, fez-me contentar. É bom tê-la por cá..tem uma gargalhada que levanta um morto, mesmo não estando nos seus melhores dias. Sábado, como sempre, dia de almoço com irmão, cunhada e rebento.. e desta vez não se calaram enquanto não me convenceram a ir com eles ver apartamentos. Acho que não há uma alminha que não saiba do meu desejo de ter o meu cantinho. E nos últimos tempos ando a sonhar alto com isso, tão alto que trago as revistas de imobiliárias para casa, vejo essa secção no jornal..e o grave é q assinalo os que me parecem mais catitas. Isto quando não me parece q tenha condições para essa aventura! Mas no sábado, tanto me melgaram que lá fomos nós ver apartamentos aqui pelas redondezas..e há um, bem perto de casa deles que não me sai da cabeça... Aiiiiiiiiii!!! E pelo que eles dizem ( e experiência no ramo não lhes falta, é dos que tem melhor qualidade preço).. Mas a não ser q arranje um esqueminho lindo com a ajuda dos papás..não me parece.. Ainda para mais ando a tentar mudar de emprego e bem sei as condições inseguras em que estou! Nó no cérebro! No sábado à noite até já sonhei com a possível decoração!!
Domingo, dia do Pai, almoço com papás e visita a familiares. De regresso ao Porto, convite do meu irmão p irmos lá a casa..e necessariamente tinhamos de passar em frente ao tal apartamento.. No stand de vendas reparei q estava gente diferente da do dia anterior..e pronto, lá levei os meus pais a verem o cantinho em q acho q me sentiria bem, tivesse eu hipóteses disso. e eles tb gostaram!! Aiiiiiii! E mais uma noite a sonhar com casinhas...
terça-feira, março 14, 2006
Seria bom ...
E estar como a minha gata está, deitada ao sol, a gozar o quentinho e o sossego de não ter mais nada para fazer senão gozar a sua vidinha descansada..
E não ter de ver o pagamento à segurança social aumentar de novo... :(
Era nice...
Ai que ganas! de sair de partir, de me fazer à estrada com mapa e dinheiro nos bolsos e ir ao sabor da vontade!! Quero, quero, quero!!!
Acho que estes ares de Primavera me deram a volta à cabeça... tenho de ter paciência...férias a sério, se minha vida profissional não mudar, só lá p Agosto ou então final do ano.. Se mudar...então é que posso dizer adeus à possibilidade de viajar..,
Ai ai... não se pode agradar a gregos e trioanos é o que é...
sábado, março 11, 2006
quarta-feira, março 08, 2006
terça-feira, março 07, 2006
sexta-feira, março 03, 2006
Quase um discurso..
Há uns dias fui informada por um ilustre membro da blogosfera que tinha sido escolhida para figurar na atribuição dos seus Blogjobs, o que muito me surpreendeu. Fui espreitar curiosa e saí de lá com um sorriso no rosto. O caro Shakermaker considerou um dos meus textos interessante o suficiente para o destacar. E logo que texto... fez-me voltar a ir lê-lo. Devo ter ficado 5 minutos parada a olhar em branco para o monitor... fez recordar um dos períodos mais negros da minha breve vidita, e que fez transtornar tantos outros aspectos, além da "mera" vida amorosa... Se lerem o post que ele - Shakermaker - publicou na 4ªfeira, podem imaginar um pouco as situações por que passei há mais de um ano atrás. Felizmente, águas passadas..
Foi dificil levantar, mas consegui. Não tinha nada de bom a recordar dessa estúpida "relação" e tudo de mau a esquecer.
Sei que isto vai parecer lamechas, tipo discurso dos óscares, mas que se lixe. Miguitas lindas (vocês sabem quem são..), não sabem o bem que me fizeram, a vossa presença, a "rotina" das nossas saídas, das nossas conversas de todos os dias, as nossas saídas de gajas, a paciência que tiveram para me ouvir repisar vezes sem conta as minhas dores da altura... Brigada.. e brigada por também agora estarem presentes, e ouvirem outras dores de crescimento que encontram sempre espaço para se manifestar. é que isto é como nos casamentos...na alegria e na tristeza. E felizmente, também temos estado juntas nos bons momentos e não têm sido de esquecer! Ok. não sou perfeita, há alturas quem isto não é um mar de rosas...
E ao ler o fim do tal texto...o meu grito de esperança. Está a acontecer. E obrigada também a ti, por estares presente e me fazeres sorrir...
Hum..mais lamechas que um discurso dos óscares não podia ser..não fui é interrompida por nenhuma música e alguém a puxar-me o braço para sair do palco!
Vou sair de mansinho...
quarta-feira, março 01, 2006
voltei.
Voltei ao norte.
Vinha até aqui escrever qualquer coisa.. mas, de repente, as palavras que aqui tinha prontas a sair, já cá não estão. Ou pelo menos, não é este o momento para as deixar sair. Ando a precisar de gritar. De novo. Mais uma vez, há algo a mexer comigo bem fundo dentro de mim, a inquietar-me, a impelir-me ao desassossego, a ver com olhos turbados as opções que tenho (terei mesmo?!). Porque é que tomar decisões não é mais descomplicado? Ou serei eu que coloco enredos e enleios em situações mais planas para outros mortais? É estúpido isto de me estar a comparar a outros.. cada situação é única, mas às vezes desejava tanto ter um guião predefinido para me saber lidar, para me tirar do passado, ultrapassar o presente e colocar no futuro com outra determinação..já cantam os Foo Fighters: I need a bit more of resolve...
Bem, parece que outras palavras encontraram o espaço que as outras, as que me fizeram ligar o computador, deixaram livre.. outro dia, outra hora virão ocupar o seu lugar. Vou-me deitar, com a certeza que amanhã não me apetecia levantar para sair para trabalhar..nem nisso sou original..seremos centenas assim, diariamente, anualmente, incapazes de sorrir no trânsito, capazes dos piores insultos matinais e disponíveis para os pensamentos mais pessimistas ou para as fantasias mais promissoras... oscilo entre ambas, numa corda bamba que me faz zonzear pelos dias e pelas experiências. Faz-me sentir fora de mim...me, myself and I... tantas que somos em mim. Tantas que pensamos, que gritamos e desejamos, que ansiamos, e permanecemos neste único corpo que as sustenta, na incerteza eterna do sua convivência diária. Soa-me meio esquizofrénica esta frase, mas é assim que estou..dividida, adulterada pelas minhas eternas questões, pontuadas por outras que surgem a cada momento.
Vou dormir, e quem sabe sonhar e durante o sono ser outra ainda...
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